Trabalho de macrodrenagem, com construção de galerias começou em janeiro com prazo de seis meses para terminar, mas está longe do fim e moradores ficam isolados em períodos chuvosos
ANTÔNIO CRISPIM – ARAÇATUBA
No início deste ano, os moradores de Engenheiro Taveira, bairro de Araçatuba, comemoraram o anúncio e início das obras de macrodrenagem, com a construção de galerias de águas pluviais.
No dia 19 de maio, em festa com direito a muitos discursos, o prefeito Dilador Borges Damasceno, anunciou o início da pavimentação. Os meses se passaram e a euforia do primeiro semestre deu lugar à decepção neste fim de ano.
As obras da galeria foram atrasadas e começou o período chuvoso.
Moradores ficaram sem condições de chegar em suas residências, além de buracos e muita lama.
Conforme o portal da Transparência da Prefeitura, até o momento a Construtora Vilarinho, responsável pela execução da obra, já recebeu R$ 3.676.407,06, o que representa pouco mais de 62% do total empenhado, que é de 5.920.800,60.
“A Prefeitura deveria distribuir botas Sete Léguas para os moradores de Taveira para ver se conseguem andar pelo bairro”, disse uma moradora em tom de sarcasmo diante da indiferença com que o problema está sendo tratado. A
s obras das galerias e da pavimentação deveriam estar concluídas.
O trabalho de macrodrenagem não tem prazo previsto e a pavimentação não começou.
O descontentamento é generalizado.
Rosângela da Silva está com a casa comprometida e tem dificuldades para acessar o imóvel devido o barro que a impede.
Mas este problema está presente em diversos pontos da localidade.
Com as chuvas, as ruas onde foram abertas valetas para implantação de galerias ficaram praticamente intransitáveis.
Além disso, já foram registradas muitas quedas de pessoas.
Há apreensão dos pais em relação às crianças.
Diante da gravidade do problema, Rosângela questiona a omissão de instituições que deveriam fiscalizar as obras e o cumprimento do contrato. Mas nada é feito. “Estamos sozinhos”, diz Rosângela.
FALTA DE PLANEJAMENTO
Pelas características da obra, que exige escavações profundas, o correto seria concluir o trabalho, como previsto, antes do período chuvoso.
Mas isso não ocorreu e agora os moradores sofrem as consequências e não se sabe quando vão terminar